terça-feira, 14 de setembro de 2010

"Em muitas ocasiões a leitura de um livro fez a fortuna de um homem, decidindo o curso de sua vida." (Ralph Waldo Emerson)

A leitura num curso de educação e formação de adultos…
Num curso EFA a área de competência de Linguagem e Comunicação é, sem dúvida, uma área de suma importância no que respeita ao contacto que se pretende que os adultos tenham com a leitura. Note-se que aqui a leitura não significa verbalização de sílabas, palavras ou enunciados completos, encara-se sim, a leitura como compreensão, como interpretação.
Então, mas como canalizar a leitura de diferentes tipologias textuais para o desenvolvimento de competências dos nossos adultos?
Seguem-se alguns exemplos de como através da leitura/interpretação de textos literários se trabalharam e desenvolveram conteúdos e competências dos formandos.
Esmeralda Ferreira


  1. Trabalhando o tema de vida “Trabalho e emprego”, num curso e fruticultura e viticultura, na região de Alijó:
  • Sendo Alijó uma região marcadamente vitivinícola nada mais profícuo do que aproveitar a literatura da região, de um poeta reconhecido, também ele natural do concelho para partir para a apresentação do tema de vida. (LINK) 
  • Ainda referente ao mesmo tema de vida “trabalho e emprego”, outro dos recursos foi um excerto adaptado do texto de Michel Tournier, Sexta-feira ou a vida selvagem. Assim, pretendeu-se que com a interpretação deste pequeno excerto os formandos expusessem as suas experiências pessoais e se trabalhassem competências interpretativas e de escrita. (LINK) 
  1. Ao desenvolver o tema e vida “Envelhecimento e desertificação” em Carrazedo de Montenegro recorreu-se também diversas vezes à literatura como um recurso para a exploração do tema de vida e o trabalhar de competências de produção, ora repare-se na proposta de trabalho assente no poema musicado “pedra filosofal”.(LINK) 
      Cursos EFA Nível Secundário:

      Se num curso EFA de nível básico é bastante compensador utilizar a leitura como um recurso no desenvolver de competências, num curso EFA de nível secundário recorrer à leitura de texto literários faz ainda mais sentido. Assim, seguem-se alguns exemplos de como foram trabalhados alguns textos literários:
      1. Vilarinho, Curso de Técnicas de Produção Agrária:
      • Para trabalhar Cultura, Língua e Comunicação, referente à UFCD Saberes fundamentais, foi utilizado um excerto do diário de Anne Frank, de forma a que os formandos partissem da sua interpretação para a exteriorização de um momento em que eles próprios tivessem sentido a necessidade de escrever o que se estava a passar e o que estavam a sentir. (LINK)
      • Ainda na exploração da UFCD Saberes Fundamentais, trabalharam-se vários textos literários, visando a partida para a escrita de textos autobiográficos, realizados pelos formandos. (LINK 1) (LINK 2)
      • Neste curso, encontram-se também algumas actividades desenvolvidas em Cultura, Língua e Comunicação, em que se fez uso da leitura como mote para a desocultação de competências, num blog criado como actividade integradora, disponível no endereço: http://vilarinhoazenhas.blogspot.com/
      Podem consultar um pequeno vídeo, onde se encontram documentadas várias leituras de textos de Miguel Torga; (Vídeo)

      quarta-feira, 1 de setembro de 2010

      COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DA REPÚBLICA

      As Comemorações do Centenário da República pretendem evocar historicamente os acontecimentos que levaram à implantação do regime republicano e honrar a memória daqueles que se entregaram à causa da República. A Consultua pretende comemorar o evento, publicando alguns testemunhos e opiniões de adultos certificados no CNO.

      “ (…) A Comemoração do Centenário da República tem um importante papel a cumprir. (…) É tempo de recordar. Decorridos cem anos, sumidas as exaltações, passados os antagonismos, eis o momento oportuno para exercer a arte da memória. (…) Palavras de esperança foram proclamadas em diversas ocasiões ao longo da nossa História. Palavras como Liberdade, Democracia, República. (…)
      Uma coisa tenho como certa: a necessidade que sentimos de comemorar a República demonstra que o passado continua em nós, como memória que se quer viva e mobilizadora. Está em nós a capacidade de mudar, de começar de novo todos os dias, podendo ser sempre um pouco melhores, sem pôr tudo em causa. Aprendendo, afinal, com a História. (…)
      Faço votos para que estas comemorações constituam um factor de mobilização nacional, capaz de incutir nos Portugueses do século XXI (…) um espírito feito de inconformismo e de esperança, alicerçado no desejo de um Portugal melhor, mais fraterno e mais solidário. “

      EXCERTOS DO DISCURSO PROFERIDO PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA NA COMEMORAÇÃO DO CENTENÁRIO DA REPÚBLICA (Porto, Janeiro de 2010)

      O que representa para si a República? Acha que vale a pena comemorar o seu centenário?